Castigo funciona?
A regra é antiga. Muitos pais e mães adotam o “castigo” como forma de educar seus filhos. Mas será que a criança entende o real sentido desta punição?
Educar uma criança não é tarefa fácil. É preciso antes de tudo paciência, persistência, muito diálogo e tempo. A criança, principalmente as menores, tem o desejo de conhecer o mundo, se aventurar, descobrir tudo ao seu redor. Esse ímpeto traz consequências: um objeto quebrado, às vezes até mesmo um pequeno machucado em seu corpo, uma “birra” quando é contrariada, entre outras.
É comum, os pais deixarem seus filhos por horas na frente de um computador, da televisão, do celular. São momentos que a criança vivencia o mundo do “sim”. Tudo é possível, tudo acontece como ela quer. (você está tendo tempo para seu filho(a)?)
Interromper essa dinâmica, com banho, escovar os dentes, dormir, estudar, nem sempre é uma tarefa compreendida. É compreensível que os menores tenham o desejo de permanecer no seu “mundo perfeito”.
Impor um castigo para uma mudança de postura somente será eficiente se for associado a atitude e a consequência. Por exemplo: comeu um salgadinho antes do horário? No final da tarde, não haverá mais salgadinho o alimento já foi consumido. Jogou bola dentro de casa e quebrou algum objeto? A mesada será usada para reparação do dano.
É desta forma que a criança terá noção de suas ações.
Gritos, berros e palmadas
Alguns adultos têm o hábito de afirmar: -meus pais me bateram quando eu era uma criança e hoje eu sou essa pessoa digna, honesta e do bem. A violência cometida por seus pais não tornaram você uma pessoa melhor, você é uma pessoa boa, apesar das palmadas.
Gritos, berros e as conhecidas ‘palmadinhas’ só levará seu filho(a) a ter um comportamento negativo futuramente. Poderão se tornar inseguros e pior, vão acreditar que a violência resolve qualquer problema.
Nunca associe seu filho(a) a figuras negativas, como “mal-educado “ou “desobediente”. Deixe claro que você não está chateado(a) com ele(a), mas com o seu comportamento. A criança precisa pensar, mas nada de colocar ele(a) no “cantinho do pensamento”. Converse com seu filho(a). “Você entendeu por que isso é errado? Por que você não deve fazer isso novamente?
Identidade e autonomia
Se você deseja que seu filho(a) seja independente e com autoestima elevada é necessário permitir “às vezes” que ele(a) possa escolher sua própria roupa ou ainda alimentar-se fora do horário habitual. Isso não sugere permissividade, mas um consentimento para que a criança desenvolva sua independência.
Foto: Mikhail